1. |
Esqueleto
02:54
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Disseste, quiseste e foste para lá
que coisas quiseste para me deixares do lado de cá?
A estrada, caminho do sentido para outra miragem
com sapatos de veludo, migalhas de outra viagem
vou e quero repetir a esperança de ser mais fácil
voltar, ir, ficar, num carro em marcha-atrás.
Não quero ficar no começo, no princípio do erro.
Não quero ficar no começo, no princípio do erro.
Sei o que me digo, não me páro no sossego
Olha o que me dás, olha aquilo que me dás
saberás das coisas que fizeste
quando decidiste voltar atrás?
Olha o que me deste,
mas fui eu que fiz merda!
Mãos partidas, deixadas ao acaso
na boca e na pele perde-se a lembrança do desejo
Mas, agora, na memória dos meus pais
retenho a distância de ser cada vez mais.
Vou agora arrancar para o lado de lá
acho que não sei qual o rumo para voltar
sinto que me vou perder
em cada regresso a casa
Não há modo que me leve
não quero ficar no princípio do erro
sei o que me digo
não me páro no sossego.
Mãos partidas, deixadas ao acaso
na boca e na pele perde-se a lembrança do desejo
Mas, agora, na memória dos meus pais
retenho a distância de ser cada vez mais.
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2. |
Laia
03:12
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Sinceramente
não te prives de tomar o meu lugar
o que é meu é meu
sei que não és capaz de me agarrar
Vem, não vamos continuar
arrastar as coisas de bar em bar
copos e filosofia
e tu com a puta da mania
Para ser honesto, não vejo nada, não sinto nada
e tudo resto é uma parte de acabar
por te dizer na cara como és inútil
como é tão fácil dizer o certo para te agradar
e a tua laia diz-lhes que saiam,
que se recolham porque eu vou chegar
e a essa escumalha, diz-lhes que venham
para o meu lugar
tu não consegues sequer levantar o braço
julgas-te aço
decide lá em que compasso me queres matar
Recolhe os putos
nós vimos brutos
reluz o síndrome
e a vontade de te espancar
somos enxutos e demasiado barbudos
para te alegrar
E a tua laia diz-lhes que saiam
e a essa escumalha diz-lhes que venham
tu não consegues sequer levantar o braço
julgas-te aço
decide lá em que compasso me queres matar
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3. |
Acácia
04:05
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Milhares de homens na rua
os copos de cerveja que suam
elas e a sua vontade de voar
mudamo-nos para tudo
menos para mudar
se é simples esta lembrança de querer
deitamo-nos no fim
só porque os ouvimos dizer
não é sim que queremos ouvir
mas sim o não deitado para tomar
sentido ao que queremos dizer
sentido a quem queremos dizer
Adeus, foi tão bom poder-te falar
Olá, sabes que hoje eu não vou poder ficar
Elas que tanto se veêm
que saem sem querer saber porquê
são a espécie que mais se dá
comigo, contigo e com lhes dê.
As minhas calças vão sair
mas fica certa que depois vou dormir
e se me prenderes o que quero fazer
podes ter a certeza que não te vou tomar
sentido ao que queres aqui
só tem sentido dizer-te
Adeus, foi tão bom poder-te falar
Olá, sabes que hoje eu não vou poder ficar
Olá, já te tinha visto por aqui
mas nunca tinha olhado para ti
não gostas? E se não falássemos?
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4. |
Imóvel
03:39
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Foi o meu tempo de querer
o que foi voltado atrás
brinquei com as lembranças
de porquê
não sou nem quero ser o que tu pensas
Quando voltas e estás no meu colo
será que te lembras que sou solo
mas quanto mais te hei-de dar
nas estradas da memória
Vem anda vamos fechar esta história
somo pertença de outra glória
levamos às costas os momentos
tentamos e fomos ao relento
Agora, as vezes que choras parecem cacos
mudamos e crescemos feitos chatos
vivemos sempre sendo o que fomos
não te prendas sempre que tens sono
passou o meu tempo de querer
deitei tudo fora sem te esquecer
sou e hei-de ser mais do que pensas.
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5. |
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6. |
Bandidagem!
02:29
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Porque é que não me disseram que:
vivemos sem vontade de correr
os que reclamam afogam-se em beber
e se um projecto nos dá tesão
vêm trinta mil gajos deitar-nos a mão
e hoje na era dos computadores
esquecem-se os beijos e os muitos suores
caixas de coisas que queremos ter
e a vida inteira a sobreviver
produtos de um dinheiro fácil
somos peões que nos queremos assim
voltamos costas ao que cedo nos ensinam
mas não, não, não, isto não é vida para mim
Bandidagem!
Bandidagem!
Pernas, braços e caras lavadas
dedos, feridas e férias marcadas
trabalho podre e a ilusão
que a vida é certa e que acabar não
Sentido do dinheiro mágico
são os números que nos dizem que sim
mentidos porque cedo nos ensinaram
mas não, não, não, isto não é vida para mim
Bandidagem!
Bandidagem!
Bandidagem!
Bandidagem!
Papéis, telefones e computadores
rezas, desejos e muitos suores
ginásios máquinas de putrefacção
e o tempo inteiro a fugir-te da mão
Eu não, porque não!
Não me vais deitar no colchão!
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7. |
Matilha dos Tristes
04:00
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São
sete pontos para te coser os dedos dos pés
e recomeça o princípio, deitado no vício de não saber parar.
És um cão.
Perdeste o faro no fim do erro
mentiste a quem viste e quiseste-o ao largo
do que é simples, para não te pesar.
És! Foste! Pensaste que me ias foder?
Disseste e quiseste até morreres
pegaste nas tripas para fazeres retratos.
1, 2, 3, 4
e hás-de deitar-te no meu forçado.
Desta vez ficas aqui guardada
mas não julgues que me partes pela quinta vez.
Para quem pensas tu que estás a falar?
Os cães chegaram
Lembraram-se que queriam comer
Os cabrões voltaram
Vêm todos em matilha só para te ver
Será que se deitaram com vontade de te ter?
Outra vez?
Será que me pararam para te pegarem pelo pescoço?
São vontades que se pegam
colarinhos que se levam
para bonito parecer
É mais de quantos?
O desejo de partir suados.
Mentes histórias enquanto partes dentes
mas que sentido tem se eu não vou ficar...
Partido! Pensaste que me podias comer
quando te dei os meus olhos
eu só me queria cegar
1, 2, 3, não!
Não há saudade que faça irmão
Vês agora o que ele sentiu quando te deu o chão?
Mas vais mesmo tentar continuar a falar?
Os cães chegaram
Lembraram-se que queriam comer
Os cabrões voltaram
Vêm todos em matilha só para te ver
Será que se deitaram com vontade de te ter?
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